12.12.06

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O mundo me estalando.


Está dentro de mim,








está me convulsionando.
"Eu sei.

Pelo sentimento.
Pelo envolvimento.
Pelo coração.

Eu sei.
Pela madrugada.
Pela emboscada.
Pela contramão.

Qualquer dia, qualquer hora.
Tempo e dimensão.

O futuro foi agora, tudo é invenção.

Ninguém vai saber de nada.
Por qualquer poesia,
por qualquer magia,
por qualquer razão.

Eu sei.
Tudo por acaso,
tudo por atraso.


Mera diversão."

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Eu te escreveria dizendo outra vez quão bonito você ainda é em mim. Ou até mesmo de como nossos sonhos ainda me perfuram e se fazem de todo apenas meus.
Eu te diria tudo isso, sem me desconfortar com a sua ausência. E te diria mais: eu diria que eu me acostumei em te ter. Longe.

E eu só escreveria porque ainda sou você. Sem querer e, mais uma vez, você. E você, ridiculamente reificado, não entenderia. Você que não entende.

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Você passou, há muito, a ser meu nada-amor.

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