22.10.06

Refa-SER-me

É começar e perceber o fim... É finalizar e notar que recomeçou.


É verdade. Eu estive com você e vivi momentos ma-ra-vi-lho-sos! Eu não ousaria me enganar ou, mesmo, te enganar.

(Você deveria entender esse meu jeito, assim sincero, assim bobo, contando-te tudo o que se passa aqui dentro...). E, tudo bem! Eu aceito que estejamos longe, distantes, separados não por vontade minha, mas sua. Tudo bem, eu já disse. Nossos objetivos não são os mesmos, mesmo!

E seja essa a sua vontade, vá lá! Siga, siga!

Eu não nego que sinto vontades de ser sentida por você novamente nem que, em vários, infinitos, momentos, eu fraquejei e brotou em mim uma tristeza enorme por não ser. E, tudo bem, mais uma vez... TUDO BEM! São as minhas dores e, assim como não peço para sentir minha alegria, não peco pedindo-te para sentir a minha dor. Faço questão de insistir em meus sentimentos, senti-los todos. (Eu sou assim,..., e você, ah! isso você deveria saber!).

Pois o que não aceito e, não, NÃO ACEITO, é perceber que, enquanto estive com você, vivi todos os momentos duvidando do que era e, com razão, preocupando-me com o nosso futuro. (Que, a propósito, não existiu...). E não aceito também que agora, depois de tudo acabado, de tantas chances e privações (minhas, que fique claro!), você venha me falar em como agir, em o que fazer, em viver assim ou assado! Ora, meu amor, por favor! Não me faça ensinar a você o mínimo! Você ainda não sabe, mas se humilha tanto!
Não ouse cutucar outra vez, com essa sua mão insensível, com essa mão que tocou em mim como em uma boneca de plástico barata, a minha alma. Eu não aceito! Não e não!

(Tudo tem seu valor e você, “gostosão”, você tem um preço, muito barato, por sinal! – Não se ofenda: é apenas uma constatação – visível aos cegos, meu bem!).