6.9.07

Reginaldo.

"Sobra tanta falta"; e não é de agora.

Há tempos sabíamos a vida que estava em jogo, o sorriso que ainda iria faltar, as rodas que não iríamos mais brincar, os olhares e comentários que, com o tempo, se dissipariam - caso o que sabíamos que ia acontecer acontecesse.

A falta, o sumiço, se fez de costume, mas, eu juro (e não é preciso jurar), os pensamentos ficavam ainda em mim e, quando vinham, estavam sempre acompanhados de sorrisos. Agora, sabendo que a falta será permanente, as lágrimas são inevitáveis e as lembranças me embaralham a mente, as vistas, fazem-me sentir como se ainda estivesse aqui, transpirando, 'morrendo' (e quantas vezes você não me fez morrer de dançar...) comigo! As lágrimas te trazem tão intensamente! (Felizmente, com aquele sorriso de quem diz: "eu não te agüento mais, não, menina!" e com os olhos de quem sabe: "a gente pode ainda um pouco mais...".).

Eu te tive perto de mim vivo, muito, muito vivo. Cheio de fraquezas e alegrias, com um sorriso que, especialmente hoje, não me sai dos olhos. Por enquanto, vejo-te no passado: como no nosso passado.

Eu tenho orgulho e sou feliz ao ser relacionada com você, Regis: "O Regis e a Tatá..." e, ainda que o tempo apague o que nós dois éramos um para o outro na PéDescalço, sempre ficará em mim os momentos que você chegava, depois de uma longa estada longe de nós, e todo mundo nos olhava, esperando para que matessemos as saudades. (Saudade, saudade, saudade.)

O tempo vai passar e, absolutamente, a gente ainda vai se encontrar. Vamos dançar até, os pés não vão ter bolhas e a alegria vai voltar toda, intensa, inteira. Eu prometo. Eu creio. Nós vamos.
Então, você estará sempre, e eu não vou deixar mais você ir. (Saudade, saudade, saudade).

Você é inesquecível.

Muito, muito, muito obrigada. Estou rezando, confortando meu coração e sabendo que você estará sendo muito bem cuidado por anjos e por Deus. Seu coração vem comigo, tá? Está aqui, gerando lembranças e meios sorrisos da dor da saudade e de alegria por ter vivido.

12.2.07

"A vida inteira eu quis um verso simples,
pra transformar o que eu digo.
Rimas fáceis, calafrios,
fura o dedo, faz um pacto comigo.
Num segundo teu no meu, por um segundo mais feliz..."
-




Eu não vou deixar o medo de sentir transformar o que eu sou, o que eu quero, o que é pra ser.
As coisas vão sempre acontecer ao seu tempo, é verdade.
E, seja o que for, seja o que vier amanhã...


eu estarei de braços abertos, esperando e fazendo sempre acontecer.

*?*

-
Mas, me entenda. Por favor, me compreenda.
[Chico Pessoa]

-

Todas as músicas se encaixaram com a nossa história e você não viu. Você não viu também que seus braços me fizeram falta, que todos os seus olhares escondidos foram flagrados por mim (eu, com o meu olhar seu pudor, ..., sempre para você.).

Você não viu como eu bebi e falei que estava louca pra te ter de novo, pra te sentir de novo, pra ser de novo. Eu 'preciso, para ser igual' e ser até o fim.

E não viu meus olhos e meus braços e minha boca e minhas mãos e meu corpo inteiro suplicando por você. Não viu a vontade transbordando de mim, as lembranças ecoando em mim, os momentos retornando todos, inteiros, íntegros, TODOS, você não viu.

Prometeria esquecê-lo, jogá-lo, machucá-lo. Prometeria.

Mas,mesmo não acertadamente, vai ser assim...e sempre. [Com ou sem você].

-

Mais uma vez, eu sinto...

Sinto muito, meu amor...

E sinto até o fim.

15.1.07

.ele.

Eu já nem sei se eu tô misturando
Eu perco o sono
Lembrando cada riso
teu
Qualquer bandeira
Fechando e abrindo a geladeira
A noite
inteira
Eu preciso dizer que eu te amo
Te ganhar ou perder sem engano
Eu preciso dizer que eu te amo, tanto
-
Um encantamento que transborda sem controle. Um tédio inerente da distância, da não-visão.
É a vontade infinda de concretizar, de fazer...
E é a cura também: a cura de uma alma que vivia-vivendo, era-sendo e fazia-fazendo, sem nenhum motivo para ser feliz.
-
Prazer, sou encantada por você.

12.12.06

-

O mundo me estalando.


Está dentro de mim,








está me convulsionando.
"Eu sei.

Pelo sentimento.
Pelo envolvimento.
Pelo coração.

Eu sei.
Pela madrugada.
Pela emboscada.
Pela contramão.

Qualquer dia, qualquer hora.
Tempo e dimensão.

O futuro foi agora, tudo é invenção.

Ninguém vai saber de nada.
Por qualquer poesia,
por qualquer magia,
por qualquer razão.

Eu sei.
Tudo por acaso,
tudo por atraso.


Mera diversão."

-

Eu te escreveria dizendo outra vez quão bonito você ainda é em mim. Ou até mesmo de como nossos sonhos ainda me perfuram e se fazem de todo apenas meus.
Eu te diria tudo isso, sem me desconfortar com a sua ausência. E te diria mais: eu diria que eu me acostumei em te ter. Longe.

E eu só escreveria porque ainda sou você. Sem querer e, mais uma vez, você. E você, ridiculamente reificado, não entenderia. Você que não entende.

-

Você passou, há muito, a ser meu nada-amor.

-

20.11.06

Encontrar-SER

O encantamento dos olhos que vêem a superfície ardente de uma alma inquieta em busca da irracionalidade perfeita do sentimento.

Admiro-me com os reflexos seus dentro de mim, em ver-me tão você ainda que sejamos almas antitéticas. Ah! Meu amor...

Essa tristeza racional que me domina em tantos instantes, que me faz querer esquecer a infinidade de realizações egocêntricas que nos proporcionei enquanto sobrevivi aos nossos momentos.

Ah! Eu sei que eu já deveria ter-nos concluído da mesma forma como você o fez, tão facilmente.


Eu saio brutalmente dividida (Veja bem que eu não consigo passar inteira por essa porta!): certamente uma parte de mim vai seguir em frente, contudo, ah! meu amor!, tantos poréns me deixam presa nessa imensidão, nesse dilúvio intenso de lembranças que formam essa casa onde tenho te encontrado tão pouco...
Uma parte de mim fica perdida nessa casa grande e assombrada por você. (Talvez eu fique vagando pelos quartos à sua espera...) A outra parte passa por essa porta hoje e está aqui no portão, deixando este testemunho e um recado:

Caso algum dia você decida sair dessa casa-solidão e chegue ao portão, leia essa carta com o coração terno. Saiba que pode abandonar a minha parte que está aí dentro e esquecê-la. Pode também procurar por mim aqui fora, por essa parte minha que agora anda presa ao vento e segue em mim: é a minha melhor parte e é, em pura verdade, a parte que um dia lhe dei e restituo neste exato momento.

Tenho de volta a minha alma.
-
Eu sei que vivo assim: Sem e Em você!

22.10.06

Refa-SER-me

É começar e perceber o fim... É finalizar e notar que recomeçou.


É verdade. Eu estive com você e vivi momentos ma-ra-vi-lho-sos! Eu não ousaria me enganar ou, mesmo, te enganar.

(Você deveria entender esse meu jeito, assim sincero, assim bobo, contando-te tudo o que se passa aqui dentro...). E, tudo bem! Eu aceito que estejamos longe, distantes, separados não por vontade minha, mas sua. Tudo bem, eu já disse. Nossos objetivos não são os mesmos, mesmo!

E seja essa a sua vontade, vá lá! Siga, siga!

Eu não nego que sinto vontades de ser sentida por você novamente nem que, em vários, infinitos, momentos, eu fraquejei e brotou em mim uma tristeza enorme por não ser. E, tudo bem, mais uma vez... TUDO BEM! São as minhas dores e, assim como não peço para sentir minha alegria, não peco pedindo-te para sentir a minha dor. Faço questão de insistir em meus sentimentos, senti-los todos. (Eu sou assim,..., e você, ah! isso você deveria saber!).

Pois o que não aceito e, não, NÃO ACEITO, é perceber que, enquanto estive com você, vivi todos os momentos duvidando do que era e, com razão, preocupando-me com o nosso futuro. (Que, a propósito, não existiu...). E não aceito também que agora, depois de tudo acabado, de tantas chances e privações (minhas, que fique claro!), você venha me falar em como agir, em o que fazer, em viver assim ou assado! Ora, meu amor, por favor! Não me faça ensinar a você o mínimo! Você ainda não sabe, mas se humilha tanto!
Não ouse cutucar outra vez, com essa sua mão insensível, com essa mão que tocou em mim como em uma boneca de plástico barata, a minha alma. Eu não aceito! Não e não!

(Tudo tem seu valor e você, “gostosão”, você tem um preço, muito barato, por sinal! – Não se ofenda: é apenas uma constatação – visível aos cegos, meu bem!).

16.10.06

Transformar (um) SER.

Eu não teria coragem de dizer-lhe amor.
Talvez porque nunca tenha existido ou porque eu não tenha sabido, na minha imensa e redundante ignorância sentimental, decifrá-lo.

Por que ainda pulsa?...fincando *injecionalmente* dentro de mim: não contunde, mas faz-se sentir insuportavelmente.
Não sinta que lhe devoto tamanha atenção e que eu seja assim, tão permanentemente altruísta, pensando no bem que faria a você, fazendo um bem-mal (tão mais mal que bem) a mim...

(A verdade é que você inspira em mim sensações que eu ainda nem sei sentir...Ai!Que delícia seria se você soubesse sentir comigo...!)

Enfim!Se algum dia você sentir, me deixe saber! Mesmo que por mim já tenham passado todas as cores do mundo, a sua seria inesquecível...

Eu espero para ver a sua alma e decifrá-la há tanto!...(Eu não perderia uma oportunidade, sequer!).





- Ora!Por favor... – digo a mim mesma – você não merece tais palavras.




(Obs:neologismos existem...)