Reginaldo.
Há tempos sabíamos a vida que estava em jogo, o sorriso que ainda iria faltar, as rodas que não iríamos mais brincar, os olhares e comentários que, com o tempo, se dissipariam - caso o que sabíamos que ia acontecer acontecesse.
A falta, o sumiço, se fez de costume, mas, eu juro (e não é preciso jurar), os pensamentos ficavam ainda em mim e, quando vinham, estavam sempre acompanhados de sorrisos. Agora, sabendo que a falta será permanente, as lágrimas são inevitáveis e as lembranças me embaralham a mente, as vistas, fazem-me sentir como se ainda estivesse aqui, transpirando, 'morrendo' (e quantas vezes você não me fez morrer de dançar...) comigo! As lágrimas te trazem tão intensamente! (Felizmente, com aquele sorriso de quem diz: "eu não te agüento mais, não, menina!" e com os olhos de quem sabe: "a gente pode ainda um pouco mais...".).
Eu te tive perto de mim vivo, muito, muito vivo. Cheio de fraquezas e alegrias, com um sorriso que, especialmente hoje, não me sai dos olhos. Por enquanto, vejo-te no passado: como no nosso passado.
Eu tenho orgulho e sou feliz ao ser relacionada com você, Regis: "O Regis e a Tatá..." e, ainda que o tempo apague o que nós dois éramos um para o outro na PéDescalço, sempre ficará em mim os momentos que você chegava, depois de uma longa estada longe de nós, e todo mundo nos olhava, esperando para que matessemos as saudades. (Saudade, saudade, saudade.)
O tempo vai passar e, absolutamente, a gente ainda vai se encontrar. Vamos dançar até, os pés não vão ter bolhas e a alegria vai voltar toda, intensa, inteira. Eu prometo. Eu creio. Nós vamos.
Então, você estará sempre, e eu não vou deixar mais você ir. (Saudade, saudade, saudade).
Você é inesquecível.
Muito, muito, muito obrigada. Estou rezando, confortando meu coração e sabendo que você estará sendo muito bem cuidado por anjos e por Deus. Seu coração vem comigo, tá? Está aqui, gerando lembranças e meios sorrisos da dor da saudade e de alegria por ter vivido.